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Intercâmbio: Desenvolvimento profissional e pessoal

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de julho de 2017 - 20:00
Artur fez intercâmbio na Alemanha por mais de um ano
Artur fez intercâmbio na Alemanha por mais de um ano -

Adequar-se a um estilo de vida completamente diferente para enriquecer os estudos é um dos grandes desafios dos estudantes que apostam seu futuro em um intercâmbio no exterior. De acordo com a pesquisa mais recente da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), 220 mil estudantes brasileiros partiram rumo às terras internacionais em 2015. Para quem já esteve fora de casa, a experiência em outro idioma vai muito além das salas de aula.

“Quem mais procura pelo intercâmbio é aquela pessoa que está na idade economicamente ativa, entrando na faculdade e quer melhorar o idioma visando o lado profissional”, explica Maura Leão, presidente da Belta, associação que reúne 450 agências de intercâmbio brasileiras (cerca de 75% do mercado).

Entre os destinos mais comuns, apontados pela Belta, são: Canadá, Estados Unidos, Austrália, Irlanda, Reino Unido, Nova Zelândia, Malta, África do Sul, França e Espanha. Na contramão do senso comum, o morador da Trindade, em São Gonçalo, Artur Fernandes, de 23 anos, escolheu a Alemanha como morada para quase um ano e meio de intercâmbio.

Cursando na época o 4º período de Farmácia na Universidade Federal Fluminense (UFF), Artur ganhou uma bolsa integral do programa do Governo Federal – Ciências Sem Fronteiras – que custeou toda a estadia do gonçalense na Europa. Lá, além dos seis meses de um curso intensivo de alemão na cidade de Kassel, ele fez dois semestres na Universität des Saarlandes, localizada na capital do estado de Sarre, em Saarbrücken.

“Foi muito importante para observar o mercado de atuação que quero seguir, porque as principais empresas farmacêuticas do mundo são alemãs. Além disso, as cidades em que fiquei recebem muitos intercambistas. Então, tive contato com estudantes do mundo inteiro. Quando a gente sai do nosso país, a gente tem contato com uma gama de cultura que não teria oportunidade de conhecer daqui”, conta o gonçalense, que ainda conheceu outros seis países durante a viagem.

Embora os brasileiros sejam conhecidos em muitas partes do mundo como uma “nação acolhedora”, Artur conta que não sofreu qualquer tipo de hostilidade na Alemanha por ser estrangeiro. Uma característica comum de sua aparência, no entanto, tornou-se um fato curioso, de acordo com o estudante. “Eu fui parado algumas vezes na rua por conta do meu cabelo cacheado. Lá, a maior parte da população tem cabelo liso. Então, ficavam encantados com meu cabelo. No início, achei estranho. Mas depois, eu passei a gostar”, narra.

A experiência fora de casa, segundo Artur, foi mais recompensadora do que ele imaginava. E, enfático, ele recomenda que quem tiver a oportunidade de embarcar para outro país para estudar, deve arrumar as malas o quanto antes. “Estudar em um outro país é uma maneira de desenvolver não somente o lado profissional, mas o pessoal. É descobrir uma independência e uma liberdade que antes você não sabia que poderia ter”, acrescenta.

Estudante deve se conhecer

Por muitos professores, o Enem é considerado mais uma prova de resistência do que de cobrança de conteúdos. Então, além de saber as matérias fundamentais de cada disciplina que compõem a avaliação, os especialistas dão outras dicas de como tirar uma boa nota. E isso envolve mais do que conhecimentos intelectuais. Você sabia que a saúde mental também precisa de atenção no momento do exame?

De acordo com a professora do departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Cristine Mattar, a seleção é um período estressante porque envolve a competição pelas vagas, a expectativa da família e amigos, do próprio estudante, da sociedade, que cobra resultado e sucesso em todas as frentes.

“O importante é que o estudante encontre o seu ritmo de estudos, que é sempre singular. Que faça o seu melhor, sabendo que passar ou não são possibilidades. Que sua vida é isso também, mas não só. Se começar a adoecer com frequência, tiver alterações de apetite, sono e humor muito intensos, talvez precise descansar um pouco, fazer outras atividades e voltar a estudar depois, renovado”, explica a especialista.

A professora recomenda que o estudante prepare-se bem, não perca o horário no dia do exame, concentre-se nas questões, respire fundo e confie no que estudou. Se conhecer, estabelecer o seu ritmo e pautar-se na sua experiência também são fundamentais durante a realização do exame, segundo a especialista.

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