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A evolução dos métodos contraceptivos Há anticoncepcionais para a necessidade de cada mulher

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de julho de 2017 - 22:36
Professor da UFF, Renato Bravo, lembra que o único método contraceptivo que livra as mulheres das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) é a camisinha
Professor da UFF, Renato Bravo, lembra que o único método contraceptivo que livra as mulheres das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) é a camisinha -

Você sabia que alguns métodos contraceptivos podem te ajudar a programar uma gravidez para daqui a cinco anos? Ou até mesmo 10 anos? Além das comuns pílulas orais, adesivos e a própria camisinha, especialistas recomendam o uso de outras ferramentas, como DIUs e implante subcutâneo, para quem busca programar melhor o tempo certo para engravidar.

De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), que também é chefe do Departamento de Ginecologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Renato Bravo, os métodos de longa duração têm percentual de êxito maior do que as pílulas anticoncepcionais, são totalmente reversíveis e não retardam a fertilidade da mulher.

“Recentemente, temos nos métodos contraceptivos de longa duração, a colocação de implantes e de dispositivos intrauterinos (DIUs). O implante subcutâneo é um bastonete na grossura de um grafite, que é introduzido na pele e tem tempo de duração de três anos. Já os DIUs são dois tipos. O de cobre, com duração de 10 anos, e o DIU com o hormônio levonorgestrel, com período de cinco anos”, explica.

Dos três métodos, apenas o DIU de cobre (chamado de comum) não interrompe a menstruação e não libera hormônio. Os outros dois métodos conseguem que uma média de 60% das mulheres interrompam a menstruação. Sobre as contraindicações, o médico alerta que os três têm maior alcance de público, diferente das pílulas orais – que têm mais casos de restrições.

“Na questão custo, os métodos de longa duração, no mercado, estão na média de R$800 e, mensalmente, uma pílula comum custa em torno de R$50. Se for colocar numa balança, saem mais em conta os de longa duração. Isso, claro, sem contar o custo de uma gestação não-programada. Inclusive, esses métodos são oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, detalha.

No entanto, vale lembrar que nenhum desses métodos contraceptivos imunizam as mulheres contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), somente a camisinha. Para o ginecologista Renato Bravo, é importante um planejamento familiar da mulher, com acompanhamento de especialistas, para ter relações saudáveis.

“Com uma estrutura de planejamento familiar, você permite que a pessoa tenha uma vida sexual saudável, isenta de riscos. Se essa paciente está sendo acompanhada com prevenção de DSTs, de índice de câncer e gravidez, ela está segura. O DIU foi muito mal interpretado nos anos 70, quando começou a ser utilizado. Se falava que ele facilitava a contaminação de DSTs. Mas não é o método que facilita isso, é a própria mulher”, conclui.

Injetáveis, adesivos e anel vaginal

Entre os mais tradicionais, porém também pouco difundidos pelas mulheres mais jovens, estão os anticoncepcionais hormonais. Eles podem ser de três maneiras: métodos injetáveis (mensais ou trimestrais), adesivo transdérmico e anel vaginal.

As vantagens dos anticoncepcionais injetáveis mensalmente são: não requerem as tomadas frequentes dos contraceptivos orais, são reversíveis e podem ser usados na adolescência e por mulheres no final da vida adulta. A desvantagem é que a injeção não pode ser ‘removida’. Uma vez feita, não há como voltar atrás, até que o período de ação se esgote. Além disso, pessoas com histórico de trombose, trombofilia, fumantes ou que tenham contraindicação para tomar hormônio, não podem utilizar o método.

O adesivo transdérmico, segundo o especialista, é uma ferramenta que libera estrogênio e progestágeno, que são absorvidos pela pele e transportados pela corrente sanguínea. “A troca do adesivo é feita, semanalmente, durante três semanas. A gravidez pode ocorrer logo após a remoção do adesivo. Mas pode ter alguns efeitos colaterais, como dores de cabeça, tontura, mal-estar estomacal, ganho de peso, seios doloridos, alterações de humor e acne”, detalhou.

Já o anel vaginal é um orifício flexível e fino que coloca na vagina e libera dois hormônios – progestágeno e estrogênio – que são absorvidos pelas paredes da vagina e transportados pela corrente sanguínea. “É colocado, uma vez por mês, e os efeitos são similares aos anticoncepcionais orais combinados. Ele pode causar alterações menstruais, como sangramento mais leve e por menos dias, menstruação mais longa do que o normal ou ausente”, finaliza.

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