Hospital tem atendimento precário em Nancilândia

Por Cyntia Fonseca

Um local que deveria ser referência no município de Itaboraí, o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, em Nancilândia, é alvo de constantes reclamações de usuários devido à superlotação e baixa qualidade no atendimento.

A manicure Leticia Machado, 29, chegou à unidade pela terceira vez para acompanhar a prima, de 13 anos. Por conta das fortes dores no pé após pisar acidentalmente em um prego, a adolescente Vitória Machado tentou atendimento no setor de emergência e, após insistência da prima, foi encaminhada a um cirurgião e foi só decepção.

“Primeiro, que ela só conseguiu ser atendida porque pedi atendimento para um cirurgião. Mas ele sequer examinou direito. Só fez o curativo e receitou pomada e antibióticos. Uma falta de profissionalismo enorme, falou com grosseria, xingou, nem parece que é médico”, desabafou.

No setor de pediatria, o mesmo dilema. A auxiliar administrativa Edione Oliveira, 42, chegou ao hospital antes das 8h e, após muita espera, desistiu do atendimento para o filho de 12 anos. “Ele está com falta de ar e teve febre a noite toda. Então, fiquei preocupada e trouxe logo. Mas só tem dois pediatras de plantão e eles estão, há mais de duas horas em outro atendimento considerado mais grave”, contou. Na ala de Ortopedia, a triagem é restrita: somente casos de fratura. Essa foi a resposta recebida pela autônoma Jociane Costa, 41, ao acompanhar o pai, o pedreiro João Guimarães, 67. “Ele trabalha muito em obras e, desde semana passada, está com um inchaço na mão e sente muitas dores e nem passou pela triagem”, revelou. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Itaboraí foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.