Mitos e verdades sobre amamentação
Descubra as curiosidades sobre o tema
Quando o assunto é amamentação, o debate entre as orientações médicas e as práticas vividas pelas avós e mães acabam acontecendo o tempo todo. Mas será realmente necessário criar esta distância entre as recomendações dos profissionais da saúde e as experiências vividas por terceiros sobre a melhor forma de cuidar dos bebês?
Para esclarecer as principais dúvidas, a especialista em maternidade e enfermeira Priscila Preissler desvenda alguns mitos.
1 - Impossível continuar oferecendo leite materno quando retornar ao trabalho?
Priscila - Mito. Atualmente, extrair o leite materno é uma prática acessível, facilitando o retorno da mãe para suas atividades, sem perder os benefícios do aleitamento. O leite extraído pode ser armazenado no refrigerador por 12 horas ou no congelador por até 15 dias. Mas o ideal sempre é que a mãe consulte um profissional da saúde para entender qual a melhor indicação.
2 - O bebê deve mamar a cada três horas?
Priscila - Mito. Hoje trabalha-se com o conceito de livre demanda para alimentação da criança, sem horários pré-estabelecidos, atendendo as necessidades calóricas e emocionais do bebê, quando ele quiser, pelo tempo que ele quiser.
3 - É preciso oferecer chá ou suco antes dos seis meses para suprir a sede?
Priscila - Mito. Muitos efeitos positivos do leite materno, como a proteção contra infecções, são mais evidentes se a amamentação for exclusiva nos primeiros meses de vida.
4 - Deve-se evitar cafeína e cortar bebida alcóolica?
Priscila - Verdade. Muitas substâncias e alimentos podem alterar a composição do leite. Deve-se evitar doses excessivas de cafeína, pois pode deixar o bebê irritado e sem sono; e o álcool, que destrói as células nervosas e deixa o bebê sem fome, levando ao baixo ganho de peso. Importante também evitar o tabagismo.
5 - É preciso ter muita paciência para amamentar.
Priscila - Verdade. Apesar de ser um ato natural, amamentar é uma ação que deve ser aprendida. Entre as dificuldades há a falta de conhecimento e conscientização da população e dos profissionais da saúde; culturas, crenças e mitos; condutas inapropriadas e pouca qualificação dos profissionais.