Crianças menores de 3 anos de idade devem usar pasta com flúor

Quando se fala em saúde bucal infantil, são muitas dúvidas que cercam a cabeça dos pais. Entre as principais está se a aplicação da pasta com flúor em crianças menores de três anos é uma prática recomendada. De acordo com a American Dental Association (ADA), referência mundial na área, a resposta é sim.

Desde 2015, a entidade passou a aconselhar os pais a usarem creme dental com flúor para escovar os dentes do bebê. A mudança de postura da associação norte-americana se baseou na revisão de uma série de estudos científicos e é adotada em quase todo o mundo. A tese é corroborada pela Associação Brasileira de Odontopediatria (ABO).

Segundo a dentista Rosane Menezes Faria, o principal receio é sobre a toxicidade do flúor. “Porém, se a quantidade usada for controlada, não há motivos para se preocupar. Por exemplo, a fluorese, aparecimento de manchas em formas de estrias brancas que afetam quase todos os dentes em formação, é causada pela ingestão excessiva da substância. É aí que reside a importância da supervisão dos adultos”, pontua.

A Associação Brasileira de Odontopediatria recomenda que o uso de pastas de dentes em bebês e crianças que não sabem cuspir deve ter a quantidade equivalente a um grão de arroz (0,1g). Já nos que sabem cuspir, a quantidade precisa ser equivalente a um grão de ervilha (0,3g).

A dentista ainda destaca que o flúor evita ou diminui a perda de minerais dos dentes, que nada mais é do que a cárie dentária. “Ele atua como um dos fatores importantes para a prevenção da cárie na dentição de leite e na permanente”.

De acordo com a dentista, a escovação com a utilização do creme dental convencional com flúor já deve ser iniciada a partir do nascimento dos primeiros molares decíduos, que acontece em torno de 14 meses. “O pequeno deve escovar os dentes com uma escova macia e de cabeça pequena pelo menos três vezes ao dia”, explica.

Na fase da infância, também é imprescindível a consulta ao dentista, mesmo se o pequeno não estiver com nenhum problema bucal aparente. “É a melhor forma de se realizar uma avaliação mais aprofundada e prevenir certas enfermidades. O ideal é realizar uma visita a cada seis meses”, finaliza.