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Pílula anticoncepcional: mitos e verdades

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de abril de 2017 - 13:00
O medicamento tem efeitos colaterais que devem ser observados, de acordo com os especialistas
O medicamento tem efeitos colaterais que devem ser observados, de acordo com os especialistas -

A pílula anticoncepcional, que foi ícone de libertação dos anos 1960, hoje é motivo de preocupação. De acordo com dados divulgados pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 100 milhões de mulheres usam pílulas anticoncepcionais em todo o mundo. Mas mesmo tão popular, a pílula traz dúvidas sobre os principais efeitos colaterais do medicamento.

Muito se discute sobre a segurança em seu uso frequente. Podem estar em forma de pílulas para uso oral, anel vaginal, injeções ou adesivos. Todos os métodos servem como solução para evitar a gravidez indesejada, e outros benefícios podem ser associados a seu uso, como controle de algumas doenças, desde que sigam orientação profissional adequada.

A ginecologista do Hospital das Clínicas da USP Flávia Fairbanks, esclarece os mitos e verdades sobre o assunto. Um deles é sobre a principal questão entre as mulheres: pílula anticoncepcional engorda.

“A pílula diretamente não engorda, mas pode aumentar a vontade por carboidratos e reter líquido, porém existem pílulas com progesteronas específicas, que diminuem a retenção hídrica”, informou.

Ainda segundo a ginecologista, essa retenção de líquido acaba causando celulites e aumento dos seios.

“Principalmente em mulheres com tendência a ter celulite geralmente associada à sensibilidade aos estrogênios, com má alimentação e sedentárias, essa tendência pode ser potencializada. Isso também acaba levando ao inchaço nas mamas”, disse.

Apesar do problema com a retenção de líquido, segundo a especialista, os hormônios das pílulas ajudam a reduzir a oleosidade da pele, a acne e até os pêlos.

Risco de trombose - Entre outros riscos da pílula, está a trombose, que depende principalmente da genética da mulher. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel, encontradas em algumas marcas de pílulas, têm um risco de quatro a seis vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados.

Outras orientações - Para quem quer evitar de toda forma uma gravidez, deve-se ter cuidado com o uso do antibiótico combinado com a pílula.

“Isso acontece porque o antibiótico compete com a pílula no metabolismo do fígado, saindo ambos prejudicados. Se o organismo precisa priorizar um dos dois medicamentos, é natural que dê mais importância ao antibiótico”, explicou a médica.

O uso também não tem uma idade certa para início e não interfere na fertilidade da mulher, como é questionado muita das vezes, segundo a médica.

“A partir de alguns ciclos após a menarca, já se pode fazer o uso, desde que haja clara indicação para tal. Os cuidados no início envolvem tentar empregar uma dosagem de hormônio mais baixa, verificar possíveis contra-indicações e avaliar a real necessidade do contraceptivo e da frequência de relações sexuais. O anticoncepcional não interfere na fertilidade, já que quando a mulher para de utilizar a pílula ela pode engravidar normalmente, a menos que já tenha algum problema de fertilidade”, finalizou.

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