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Terçol exige um tratamento adequado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de fevereiro de 2017 - 15:00
O problema não é grave mas dependendo da forma e do local pode exigir um procedimento cirúrgico para removê-lo
O problema não é grave mas dependendo da forma e do local pode exigir um procedimento cirúrgico para removê-lo -

O terçol é uma infecção bacteriana que costuma se manifestar durante o verão através de um pequeno nódulo doloroso que, geralmente, aparece na base da pálpebra. A doença, apesar de não ser um problema grave, dependendo da forma e local em que se manifesta, pode acabar se agravando, tornando necessário um procedimento cirúrgico para removê-lo.

Segundo o médico oftalmologista da Clínica Schaefer, de Curitiba, Arthur Schaefer, sintomas como ardência, coceira, inchaço, dor, vermelhidão e sensibilidade ocular são indicativos da doença, cientificamente chamada pelo nome hordéolo. Ela se manifesta de duas formas: interna e externamente.

“O hordéolo externo é o que estamos mais acostumados a presenciar e pode durar cerca de 7 a 10 dias, sem grandes complicações. Já o interno tem como causa a infecção das glândulas sebáceas, de Zeiss e Meibomius presentes na parte interna das pálpebras e, no caso de obstrução, ocorre um encapsulamento, formando o que se chama de calázio. Dependendo da evolução, é necessário um procedimento cirúrgico para retirá-lo”, alerta o especialista.

Normalmente, o terçol desaparece sozinho, sem necessidade de intervenção médica e, por isso, algumas pessoas dão pouca importância ao tratamento. Mas, embora pareça algo simples, o terçol pode se tornar um problema sério.

“O terçol pode ser confundido com outras doenças, como uma conjuntivite e também uma canaliculite e só uma avaliação oftalmológica é que vai indicar o tratamento adequado”, explica Arthur.

O médico ainda aponta que o estresse pode ter ligação com a doença. Segundo estudos, o estresse aumenta a oleosidade da pele. E essa oleosidade da pele aumentada acaba por aumentar também a produção da oleosidade das glândulas de meibomius, que produzem o líquido que, se obstruído, pode fazer o aparecimento do terçol.

O tratamento pode ser feito com compressas de água morna, aplicadas quatro vezes ao dia, para ajudar a lidar com o inchaço e processo doloroso. O especialista também pode indicar uso de colírios e pomadas para acelerar o processo de cura. Nos casos mais graves, é possível adotar o uso de antibióticos via oral.

“Um cuidado importante é evitar espremer o terçol, não usar maquiagens ou lentes de contato durante o período que a inflamação estiver ocorrendo, fazer limpezas diárias com soro fisiológico e manter a higiene das mãos”, disse.

O oftalmologista explica ainda que uma boa higiene é a melhor forma de prevenção quando se trata de um terçol.

“Isto é especialmente importante no caso de recorrência. Doenças da pele, como rosácea ou blefarite, podem ser responsáveis pelo aparecimento de terçol recorrente e, nesse caso, é indicado a consulta com um dermatologista para que possa controlar a condição já existente e evitar a formação de terçol nos olhos”, explica Arthur Schaefer.

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