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Interferência externa

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de outubro de 2015 - 21:53

Na última rodada do Brasileirão, a boa vitória do Atlético-MG, que agora está mais próximo do líder Corinthians, não foi o fato mais comentado na mídia. Também não foi a goleada da Chapecoense sobre o Palmeiras. Nem a vitória do Flamengo, a ascensão do Santos (que hoje é o time que joga o melhor futebol do campeonato), ou a chata situação de Osório no São Paulo. O mais comentado foi a reversão da expulsão do lateral Egídio do alviverde paulista. Para quem não viu o lance, o árbitro Jailson de Freitas expulsou o atleta do Palmeiras, após entender que ele havia feito uma falta, por trás, no atacante adversário que partia na direção de Fernando Prass, evitando uma chance real de gol. Após cinco minutos de reclamações, porém, quando o lateral expulso já se encontrava no vestiário, o árbitro voltou atrás, desconsiderou a falta marcada, e, por óbvio, a expulsão. Nunca havia visto fato similar em um jogo oficial. Egídio foi chamado para retornar ao campo, ficando o jogo parado aguardando a sua volta. E o pior, ou o melhor: a marcação inicial fora realmente equivocada, sendo a decisão final a acertada. Não houve falta no lance. A televisão deixou claro que o defensor apenas tocara na bola, sequer tendo encostado no atacante adversário. Apesar da negativa do árbitro, que sequer noticiou tal fato inusitado na súmula da partida, evidente que houve intervenção de terceira pessoa estranha ao trio (ou quarteto) de arbitragem naquela decisão. Não se discute que no esporte deva prevalecer o resultado decorrente da atuação de cada atleta ou equipe. Aquele que tiver tido o melhor desempenho técnico, por justiça, deve (ou deveria) sair vencedor. Nem sempre isto é possível. Diversos fatores podem interferir no resultado final. Os erros dos árbitros têm constantemente alterado o resultado final das partidas de futebol. Na maioria das vezes, ou quase sempre, erros desprovidos de intenção dolosa. Erro técnico. No tênis, é mais difícil isto ocorrer, em razão do replay que pode ser pedido pelos jogadores. Idem no futebol americano e no vôlei. A FIFA tem dificuldade em aceitar a utilização de imagens da televisão para sanar as dúvidas em lances discutíveis. O que vem causando incômodo, porém, é que, de fato, tem ocorrido a interferência externa, embora não seja permitida pela legislação vigente. A Chapecoense que tanto reclamou do ocorrido no jogo de domingo, neste mesmo campeonato, no jogo contra o Fluminense, foi beneficiada com a mudança de decisão do árbitro. Após empatar a partida que era vencida pelos catarinenses, o Fluminense, através de Marco Junior, virou o jogo. Quando o árbitro e o auxiliar já estavam no meio de campo, antes de dar a saída, não se sabe como, foi marcado um impedimento ou toque na mão do atacante tricolor, sendo o gol anulado. O que causa estranheza, é que as duas partidas em que a interferência ficou nítida, se realizaram no mesmo estádio, o que indicia que isto realmente tem ocorrido por lá.

Voltou a ter chance

A vitória do Flamengo sobre o Joinville no domingo, pela manhã, voltou a dar esperança ao torcedor rubro-negro, na busca por uma vaga no G4. A partida foi totalmente dominada pelos cariocas, que, no primeiro tempo, perderam muitos gols, o que começou a causar certa preocupação aos torcedores que foram em grande número ao Maracanã. Com o gol de Ayrton cobrando falta de forma perfeita, o Flamengo se tranquilizou e marcou o segundo gol através de Gabriel, que acabara de entrar. Apesar da irregularidade do lance, eis que o atacante utilizou o braço na jogada, o gol deu justiça ao placar, não sendo a defesa carioca ameaçada em qualquer momento. O Flamengo vinha de três derrotas seguidas, tendo sido importante a vitória alcançada. A tabela restante é razoável, passando o Flamengo a ter reais chances de ainda obter uma vaga para a Libertadores.

Continua com chance

O Vasco fez um bom primeiro tempo contra o Avaí. Apesar de estar jogando no campo do adversário, tomou conta do jogo e saiu na frente com um gol de pênalti marcado por Nenê. Teve logo em seguida um lance duvidoso, com Jorge Henrique sendo atropelado pelo estabanado zagueiro adversário, deixando o árbitro de marcar novo pênalti. Faltou coragem ao soprador de apito. Na hora ele fez menção de apitar. Como seria um segundo pênalti contra o time da casa, acabou marcando falta contra o Vasco, o que foi um absurdo. Poderia não ter marcado o pênalti; mas nunca falta de Jorge Henrique. No segundo tempo, o Avaí veio mais forte, passou a dominar a partida e se beneficiou de um novo erro da arbitragem, que inventou um pênalti a seu favor. Por sorte do árbitro, e do Vasco, o pênalti foi chutado para fora. Parecia que o Vasco obteria nova vitória, que deixaria o time ainda mais próximo de sair do Z4, quando André Lima empatou a partida. Pelas circunstâncias do jogo, o resultado foi ruim. Mas o empate mantém o time invicto há vários jogos, o que permite que a torcida tenha ainda esperança de se livrar do rebaixamento.

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