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O que vale é o gol e o resultado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de agosto de 2015 - 10:35

A rodada foi mediana para os cariocas. O Vasco perdeu no meio de semana para o Corinthians no “Itaquerão”, resultado que pode ser considerado normal em razão da diferença técnica, tática e psicológica das equipes. Neste momento, infelizmente, o campeonato para o Vasco é outro. Ele tem que vencer as partidas contra os times que com ele estão brigando para não cair. A começar no próximo domingo, no Maracanã (ué, Eurico?), contra o Joinvile. O Fluminense, no sábado, estreando Ronaldinho, venceu uma partida dificílima contra o Grêmio. Era briga direta por vaga no G4 e o tricolor carioca, jogando em casa, tinha que vencer. E a vitória acabou ocorrendo com um bonito gol de Marco Junior, a “revelação” do ano tricolor. O Flamengo empatou com o Santos perante um público de 61 mil pessoas. O empate teve um gosto de derrota pelas circunstâncias. A vitória parecia certa e escapou no segundo tempo, tendo contribuído, em muito, o mau retorno de Paulo Vitor. Já o Botafogo, apesar de continuar líder isolado, decepcionou nos dois jogos da semana, ambos no “Engenhão”, sequer marcando um gol em adversários que aparentemente não brigarão na parte de cima da tabela. É nítida a queda de atuação da equipe, o que preocupa o torcedor, principalmente, como já dito em edições anteriores, porque a pressão sobre os jovens poderá influir negativamente no desempenho dos mesmos.

Analisando jogo a jogo, e começando com o do Vasco, na capital paulista, até que o primeiro tempo não foi ruim. Apesar do domínio corintiano, o jogo estava controlado, não havendo pressão maior. Quando a “maré” não está boa, porém, tudo acontece. Nada pior do que levar um gol logo no primeiro minuto do segundo tempo. Aí a porteira se abriu e ficou nítido que o Vasco não tem força ofensiva. A vitória do Vasco no clássico com o Flu pode ter enganado alguns. Naquela partida, jogou no primeiro tempo por uma bola e conseguiu um gol. Era dominado inteiramente e saiu vencendo para o intervalo. Na segunda etapa, quando sofreu o empate, todos que acompanhavam a partida esperavam a virada tricolor, o que não aconteceu, voltando o Vasco a marcar através de um disparo de John Clay que definiu o jogo. Isto é o que vale. Ganhou o Vasco e a torcida passou a acreditar. Em seguida, duas derrotas por goleada. A vitória escondeu que os problemas persistiam.

A vitória do Fluminense no sábado era fundamental para definir a sua real pretensão no campeonato. Apesar de não ter jogado mal, o tricolor vinha de duas derrotas. Eventual terceiro jogo sem vitória criaria um clima ruim na mídia, com possível repercussão negativa no elenco, até porque poderia o tema ser desviado para a chegada de Ronaldinho. Não há dúvida que o Fluminense atuou melhor no jogo em que foi derrotado pela Chapecoense. Mas o que importa é a vitória e o gol. O triunfo repercutiu bem na mídia e no elenco. A torcida fez uma festa linda e também elogiou o time. Caso o Grêmio tivesse empatado a partida na última jogada em que Pedro Rocha desperdiçou na frente de Cavalieri, o comentário seria totalmente diferente. Mais uma vez fica claro que o que vale é a bola na rede e a vitória. Taticamente, não foi legal a posição que Enderson escolheu para Ronaldinho no primeiro tempo. Ele ficou no meio da zaga adversária e foi facilmente contido. No segundo tempo, quando recuou para buscar a bola, facilitado pela expulsão de Wallace (justa e tardia para alguns; injusta para outros), Ronaldinho foi mais útil, tendo participado do lance do gol juntamente com Wellington Paulista, sendo excelente (e rara) a conclusão de Marco Junior. O Flu, se confirmado o retorno de Cícero, tem elenco para brigar na parte de cima até o final. Aliás, digna de elogios a presença, na tradicional “corrente” realizada no vestiário, dos lesionados Fred e Vinicius, e do recém-contratado Cícero, o que mostra a união do grupo.

O Flamengo fez um bom primeiro tempo contra o Santos. Dominou amplamente o adversário, que não mostrava nenhuma força ofensiva, apesar dos bons atacantes que possui. É verdade que não teve oportunidades claras, com Guerrero pouco tocando na bola. Entretanto, a chegada de Canteros vindo de trás e o bom desempenho de Emerson, indicavam que o gol poderia sair a qualquer momento. No final, dois bonitos gols foram marcados e o rubro-negro foi para o vestiário com uma folgada e justa vantagem. Aí surgiu a ousadia do treinador santista, que tirou um volante e colocou um armador ofensivo, recuando Lucas Lima, que passou a ditar o ritmo do jogo sem qualquer marcação. Ricardo Oliveira marcou logo no início, na primeira falha de Paulo Vitor no jogo, e, depois, em novo vacilo do goleiro, o próprio Lucas empatou a partida. A torcida começou a “pegar no pé” de Cristóvão, que havia substituído Alan Patrick por Gabriel, sem saber que a troca ocorreu a pedido do próprio substituído. Apesar dos xingamentos contra o treinador, o Fla retomou o comando do jogo e perdeu diversos gols no final da partida, transformando Vanderlei no melhor jogador santista. A torcida saiu revoltada, mas, caso o Flamengo tivesse marcado e vencido, o treinador não seria ofendido, a substituição não seria criticada e as manchetes dos jornais seriam outras. Para a grande maioria, torcida e mídia, o que importa é o resultado.

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