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Erros e acertos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de julho de 2015 - 09:34

Antes de iniciar este texto, fiquei pensando em diversos temas. Resolvi que escreveria sobre a segunda vitória seguida do Flamengo, que o afasta de vez do Z4, do risco concreto do Vasco cair pela terceira vez em poucos anos para a série B, sobre as derrotas do Flu nas últimas rodadas e o que dele esperar com a chegada de Ronaldinho Gaúcho e provavelmente Cícero, e da dificuldade que o Botafogo terá para retornar à série A, não sendo aquela moleza que antes se imaginava.

Mas, ouvindo o que foi dito pelo colunista Gilmar Ferreira no programa “a última palavra” da Fox Sport, quando destacou a influência do Presidente da Federação Catarinense de Futebol na CBF, resolvi iniciar contando uma história que pode explicar o que o árbitro paulista Raphael Claus fez no domingo em Chapecó. Que houve intervenção externa na anulação do gol do Flu e no pênalti marcado em favor da Chapecoense, no final da partida, ninguém discute. Não sei se o leitor tem conhecimento que o Presidente da Federação Catarinense Delfim é o provável futuro presidente da CBF. O atual não foi ao sorteio da fase eliminatória da Copa de 2018 na Rússia com medo de ser preso. Sua permanência na mais corrupta entidade do futebol brasileiro é improvável. Como admitir um Presidente que não pode deixar o país com medo de ser preso? Essa é a nossa maior autoridade do futebol. O que esperar do futebol brasileiro? Ele se afastando, assumirá o seu lugar o Presidente Delfin, da Federação Catarinense, aquela que possui quatro times na série A, mais do que todos os demais Estados, exceto São Paulo. A influência desse cidadão na CBF justifica o grande numero de equipes catarinenses na primeira divisão, sem qualquer desmerecimento aos clubes daquele Estado. Na verdade, desde o ano de 2002, o prestígio desse cidadão prevalece na CBF. Basta lembrar o caso Loebeling envolvendo o Figueirense e o Caxias que disputavam uma vaga de acesso à série A no ano de 2001. Antes de acabar a partida, que era vencida pela equipe catarinense, a torcida do Figueirense invadiu o campo e o jogo não terminou. O árbitro Alfredo Loebeling, orientado (ou coagido) pelo Presidente da Comissão de Arbitragem Armando Marques, colocou na súmula que já tinha encerrado a partida quando da invasão dos torcedores. As imagens da TV e sua entrevista ainda no campo contrariavam o consignado na súmula. O caso foi a julgamento e o Caxias ganhou os pontos no STJD. As maiores autoridades esportivas estavam fora do país quando do julgamento, eis que se realizava a Copa do Mundo no Japão. Com o retorno da cúpula, a pedido do referido Delfim, foi admitida uma revisão (?) no julgamento e o resultado anterior foi alterado, sendo o Figueirense declarado vencedor. A mudança foi possível porque o novo julgamento teve o seu “quórum” alterado e alguns auditores sem personalidade, pressionados, voltaram atrás.

No domingo pela manhã, passamos a entender como um árbitro consegue obter o emblema da FIFA em seu uniforme. O famoso e folclórico Índio, árbitro carioca, já disse em certa ocasião como se chega ao quadro da FIFA. Os bajuladores, covardes e desprovidos de personalidade, conseguem alcançar o ápice da carreira com maior facilidade. Evidente que há exceções. Não é o caso do covarde Raphael Claus. Errar ou acertar é natural. Mas se acovardar e mentir não. Prejudicou o tricolor carioca em todo o jogo, somente apitando para um lado. No lance do gol anulado, apontou para o meio de campo, para onde também se dirigiu o auxiliar. Minutos depois, provavelmente (ou certamente) avisado por alguém de fora e temendo o poder do famoso Delfim, voltou atrás e anulou o gol. A desculpa foi vergonhosa. Nitidamente, a TV mostrou o auxiliar fazer referência a um possível toque na cabeça de Fred, o que não ocorreu, e, mesmo se tivesse ocorrido, não tornaria a jogada ilícita. Depois, quando a TV mostrou que a bola batera no braço de Marco Junior após este ter cabeceado a bola, sem qualquer interferência na jogada, de forma covarde e oportunista, passou a dizer que marcara a mão. Fato é que primeiro anulou-se o gol e depois se buscou uma justificativa para tanto. No final marcou um pênalti para a Chapecoense. Lance discutível. Talvez tenha sido. Mas ele marcou inicialmente fora da área, como mostram claramente as imagens do jogo. O auxiliar, aquele mesmo do gol anulado, não correu para a linha de fundo do campo, como deve proceder quando é marcado o pênalti. Repentinamente, a dupla covarde, avisada por alguém, mudou de opinião e marcou a infração máxima. Chama a atenção o prestígio que tem este Delfim, assim como as “coincidências” quanto aos erros de arbitragem em favor das equipes catarinenses. No jogo de sábado, o árbitro, já na prorrogação, inventou um pênalti para o Avaí. Para a felicidade do Atlético Paranaense, o seu goleiro defendeu. Pesquisem os jogos finais do campeonato de 2013. Diversas irregularidades a favaor de clubes catarinenses. Pobre futebol brasileiro.

Falando sobre futebol, o Flamengo venceu um jogo muito importante e difícil, continuando invicto desde a chegada de Guerrero, que não jogou na derrota para o Corinthians. No primeiro tempo, o tão outrora criticado goleiro Cesar salvou o rubro-negro. Na segunda etapa, com as mudanças promovidas por Cristóvão, principalmente a saída de Ayrton, uma avenida pelo lado direito defensivo, a equipe se organizou e o jogo ficou equilibrado. Guerrero, que não vinha tendo uma atuação de destaque, fez uma excelente assistência para Marcelo Cirino, que definiu o placar. No final, o Goiás ainda teve uma bola trave, o que indica que a maré está mudando a favor do Flamengo. Já se distanciou da Z4 e se aproxima do G4.

O Vasco foi massacrado pelo Palmeiras, que na semana anterior a coluna colocou como um dos favoritos ao título. Contribuiu para isto a péssima atuação do seu goleiro Martin Silva, que retornava após longo afastamento do campo. Nitidamente sem ritmo, o uruguaio falhou em três gols. Perdendo logo no início do jogo, o Vasco ficou totalmente desorganizado, deixando que o Palmeiras tocasse a bola com ampla liberdade. Lamentável a falta de vontade dos jogadores vascaínos. Bem diferente da atuação que tiveram no clássico anterior, pelo menos na disposição. Tecnicamente nas duas partidas mostrou bastante fragilidade. Nova derrota na próxima rodada tornará a situação mais crítica do que já está.

O Fluminense perdeu a segunda partida seguida. Dominou todo o jogo, principalmente no segundo tempo, mas acabou perdendo com um pênalti no final. É verdade que a confusa atuação do árbitro contribuiu para a derrota. Mas o que importa é que hoje já está no sétimo lugar e a tabela até o final do turno não é boa. A chegada de Ronaldinho e Cícero pode encorpar o time. É o que se espera, uma vez que se o time permanecer na fase intermediária da classificação, sem brigar por nada relevante, certamente o comprometimento do Dentuço não será o esperado.

O Botafogo conseguiu um bom empate contra o Bahia. Jogo difícil, como será a trajetória do alvinegro até o final da série B. A mudança no comando não foi a ideal. O time está com muitos jogadores jovens, que, talvez, sintam a dificuldade do campeonato. Várias equipes tradicionais estão brigando pelo acesso, não podendo o Botafogo se afastar do grupo de cima. Isto ocorrendo, a pressão da torcida poderá influir no desempenho dos garotos. Até o momento, o Botafogo sempre esteve na liderança ou no G4. Vamos aguardar o final do turno para uma melhor conclusão. Mas o acesso não será tão fácil como se tem dito na mídia.

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