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Resultado bom. Atuação decepcionante.

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de novembro de 2015 - 20:40

Brasil e Argentina, seja aonde for ou qual a equipe escalada, com ou sem desfalques, sempre será uma partida difícil. Nunca haverá favorito. Nesta eliminatória, considerando a má fase dos hermanos, que, hoje, ocupam a penúltima colocação, e o desfalque de jogadores importantes, a mídia em geral apontou o Brasil como favorito, principalmente porque contava com o retorno de Neymar, em grande fase no Barcelona. Quando saiu a escalação oficial, todos os comentaristas elogiaram as escolhas de Dunga, com a presença de Ricardo Oliveira no ataque e a entrada de Lucas Lima no lugar de Oscar. Era um indicativo de que o Brasil jogaria ofensivamente. Fui um dos poucos a discordar. Todos sabiam, ou deveriam saber, que os argentinos jogariam com a tradicional garra redobrada, procurando reduzir o prejuízo pela ausência de seus melhores jogadores e compensando eventual falta de talento com muita força e disposição, partindo para cima com o apoio da torcida. Para combater o ímpeto do rival, o Brasil teria que marcar firme e sair no contra-ataque em velocidade. Para isto, a presença de um centroavante de área não se recomendava. O trio ofensivo deveria ter sido escalado com Willian e Douglas Costa pelos lados do campo e Neymar no ataque, sem posição fixa. Além de o futebol atual não mais admitir se jogar com um jogador fixo na área, as características dos jogadores desta seleção permitiam jogar fechando a saída dos laterais adversários e partindo em velocidade ao retomar a bola, que, necessariamente, teria que passar por Lucas Lima e contar com a chegada de Elias, como, aliás, ambos fazem nos clubes de origem. Nada disso aconteceu. Di Maria trabalhou solto e os argentinos massacraram o Brasil. A derrota por um gol no primeiro tempo foi comemorada. A zaga brasileira não foi bem. David Luiz estava totalmente perdido e sem controle emocional. Miranda estranhamente dando chutão, não procurando sair tocando a bola. A covardia que Dunga está fazendo com Thiago Silva não tem limite. Passou a ser pessoal. Vários zagueiros são cortados e ele não chama mais o Thiago. O que causa maior revolta é o fato dele, Dunga, como jogador, também ter sido apontado como bode expiatório na derrota da Copa de 1990. Ele passou por isto. Não é possível que alguém, salvo os mentecaptos, como este gaúcho que absurdamente comanda a seleção, não veja que Thiago tem que jogar em qualquer equipe de futebol. Outra preferência que também não se justifica é a escolha por Luiz Gustavo. Trata-se de um jogador violento e que não dá velocidade na saída da bola, limitando-se a realizar passes laterais, alguns deles equivocados, sequer tendo um bom senso de cobertura. São coisas do Dunga. Mas ele poderia agrupar mais a equipe, diminuir os espaços, até porque os zagueiros não são lentos, podendo cobrir eventual metida de bola nos espaços que o agrupamento do time proporciona. Mas aí depende do treinador. E isto o Brasil, lamentavelmente, não tem.

A vitória hoje contra o Peru é obrigação. Não basta vencer. Tem que jogar bem. O grupo de jogadores escolhidos, ainda que haja outros que lá deveriam estar, tem capacidade e talento para ganhar e convencer. Soltando Elias e Lucas Limas e escalando o trio Neymar, Willian e Douglas Costa, todos em excelente fase em suas equipes, o Brasil poderá convencer e melhorar o seu desempenho, até o momento pífio, nesta eliminatória. Mas Dunga, com aquele sorriso na hora do gol que irritou todos os torcedores, não pode atrapalhar. O Brasil empatou contra a Argentina logo após ele trocar Ricardo Oliveira por Douglas Costa. Deve ter achado que o empate veio porque ele foi um gênio ao promover a substituição. Na verdade, apenas ficou claro o contrário na escalação da equipe.

No esporte nã há invencível

O MMA se torna cada vez mais popular no Brasil. Ronda virou um fenômeno em sua passagem pelo país. Massacrou em poucos segundos uma lutadora brasileira e a torcida a aplaudiu de pé. Foi ovacionada no Maracanã, no dia seguinte, quando vestiu a camisa do Flamengo. Todos a apontavam como invencível. Não basta o talento. Em qualquer esporte, o treinamento, a dedicação, a confiança e o talento são importantes. Faltando um deles, o resultado pode ser inesperado. Desconheço o treinamento de Ronda para a Austrália. Mas, aparentemente, ela não se preparou para lutar contra uma rival especializada no boxe, principalmente canhota. Foi alvo fácil e acabou nocauteada, o que ninguém esperava. Assistindo a luta, porém, para um leigo no esporte, me pareceu que ela estava fora de forma e não se preparou para se defender das qualidades da nova campeã. Uma revanche se impõe.

Era melhor não ter

Com todo o respeito aos flamenguistas, realizar uma festa de aniversário, com uma equipe americana, em jogo transmitido para os EUA, com apenas 10 mil presentes, quando, na verdade, o que caracteriza o clube é sua grande torcida, foi lamentável. Era melhor não ter tido aquele amistoso insosso.

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