Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1957 | Euro R$ 5,5298
Search

Castigo. E ponto.

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de novembro de 2015 - 22:42

Sempre se reconheceu que a rivalidade sadia entre os clubes é importante para o crescimento do futebol. No futebol carioca, a rivalidade deixou de ser entre os clubes para ser entre os dirigentes. De um lado, a dupla FLAxFLU, com ideias mais modernas e avançadas, com críticas ao sistema atual de gestão do futebol, e, de outro lado, o trio FFERJ, VASCO e BOTAFOGO, com um comportamento ultrapassado, arcaico, ainda acreditando no sistema do poderoso chefão. O resultado desta lide é o desempenho pífio dos cariocas no Campeonato Brasileiro, sendo comum a ausência de um deles na elite do futebol nacional. Este ano foi o Botafogo, que em 2016 retornará à série A, sendo, provavelmente, substituído pelo Vasco como representante do Rio de Janeiro na série B do campeonato do próximo ano.

A situação do Vasco é crítica. Os matemáticos apontam 96% de chance de novo rebaixamento. Acabou de subir e, tudo indica, voltará a descer. Sobe e desce de divisões é para clubes médios do futebol brasileiro. O Vasco é grande, tem uma das maiores torcidas do Brasil. Não pode ficar sempre nesta situação, que é resultado de sua arcaica direção.

Vinha de nove jogos sem perder, acabando por ser derrotado no domingo para o Fluminense. A diretoria errou ao levar o jogo para o Engenhão. Apenas 13 mil pessoas foram ao jogo. A mudança não foi por motivo técnico. Pura pirraça do homem do charuto, esquecendo que os últimos títulos do Flu foram todos conquistados naquele Estádio, chamado pelos tricolores de “salão de festas”. Não autorizou a cota da cortesia de ingressos, comum entre os clubes, apenas, por força do regulamento do campeonato, autorizando a cessão de um camarote para a diretoria tricolor. No primeiro turno, o Flu dividiu os ingressos; no returno, o Vasco apenas permitiu a venda de 10% da carga para a torcida tricolor. Tudo respaldado pelo nefasto. Bem feito. Nos jogos anteriores, no Maracanã, ainda que sua torcida tenha ficado no lado esquerdo da Tribuna, o Vasco venceu. O que prefeririam os torcedores vascaínos: o lado direito ou a vitória?

No campo, a diferença técnica e tática foi abissal. Principalmente no primeiro tempo, o Flu passeou, tocando a bola no meio de campo com extrema tranquilidade, não dando chutão, ao contrário do Vasco, que rifava todas as bolas em sua defesa. A falta de criatividade do time do Vasco é absurda. Somente leva perigo nas bolas paradas. O próprio Jorginho, ao final da partida, reconheceu ter sido talvez a pior partida da equipe sob o seu comando.O placar mínimo não retratou a superioridade tricolor.A derrota foi um castigo para a diretoria do Vasco.

Já para o tricolor, a vitória renovou o ambiente após a sofrida derrota na Copa do Brasil para o Palmeiras.

Aliás, no meio da semana, o resultado foi injusto, principalmente se considerados os erros de arbitragem. O Flu foi melhor do que o Palmeiras nos dois jogos. Perdeu nos pênaltis e não na disputa de pênaltis. Os árbitros erraram nos dois lances que resultaram nos gols de pênalti dos paulistas e também em outros momentos das partidas. Mesmo assim, o tricolor carioca poderia ter obtido a classificação.

Mas não há dúvida de que o Fluminense, nas mãos de Eduardo Batista, vem apresentando melhoras evidentes, tendo uma boa base para o ano que vem. A torcida está esperançosa.

Punição indevida

O Flamengo sofreu mais uma derrota no domingo. A crise na Gávea está instalada, já sendo dado como certo que Oswaldo de Oliveira não permanecerá no final do ano. No Flamengo, tudo que ocorre é aumentado. Quando ganhou seis jogos seguidos, a imprensa chegou a admitir que o rubro-negro lutaria pelo título, procurando restabelecer o milagre de 2009. Agora com a série de derrotas seguidas, acrescida da punição aos jogadores do bonde da Stella, a crise se tornou incontrolável, sendo bastante provável que o Flamengo venha a sofrer novas derrotas até o final do campeonato. O exemplo maior do exagero da imprensa com o Flamengo foi a chegada de Guerrero. Bom atacante. Só. Como fez alguns gols em sua chegada, foi apontado como o maior atacante do Brasil. Depois, todos viram que se trata de um bom atacante, mas, pelo seu descontrole, recebe cartão em todos os jogos, quase sempre por reclamação. Jogou dezesseis partidas e fez apenas quatro gols, tendo levado sete cartões amarelos e um vermelho. Números péssimos para um jogador tão caro.

Com relação à punição do “quinteto farrento”, na verdade, o maior prejudicado foi o próprio time. Eles deveriam ser multados e cobrados em campo, jogando maior responsabilidade sobre os mesmos, cobrando uma atuação maior, até mesmo em razão da pressão que sofreriam dos torcedores. Provavelmente voltarão nas próximas rodadas, e, caso o Flamengo por eles não mais se interesse, a diretoria terá desvalorizado o seu próprio produto.

Campeões definidos

Corinthians e Botafogo já podem ser considerados os campeões das séries A e B do Brasileiro. A diferença é que a equipe paulista está jogando um belo futebol, com forte compactação e muita velocidade na saída de bola. Já o Botafogo, apesar da facilidade que tem encontrado, não atua de forma convincente. Terá que reforçar muito para ficar na parte intermediária da tabela no ano que vem.

Matérias Relacionadas