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Por que ovos de Páscoa?

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de março de 2016 - 19:34
PORQUE OVOS DE PÁSCOA?
PORQUE OVOS DE PÁSCOA?
Domingo de Páscoa. Crianças e adultos se deliciam com os ovos de chocolate,  alguns recheados de bombons, outros de brinquedinhos surpresa. Muitas famílias, em vez de comprar ovos de chocolate, cozinham os de galinha, colore-os ou pintam-nos com coelhinhos, velas, flores ou outras figuras religiosas quaisquer. Tudo isto é feito, livremente, sem  sequer se pensar na história deste símbolo tão desejado. É Domingo de Páscoa e tem que ter ovos, seja do que for. E de onde vem isto? Que caminhos percorreu esta simbologia até os dias de hoje? Onde e quando nasceu este costume.
O dicionário de símbolos nos ensina que o ovo é um símbolo universal de nascimento e criação. Ele se manifesta por transformação, sendo considerado repositório de uma nova vida, associado à renovação periódica da natureza. Em termos 
gerais, significa fertilidade e eternidade e, normalmente, está investido de associações positivas como o renascimento, a renovação, a transformação, o divino, a sabedoria, a riqueza. É um dos primeiros símbolos religiosos. Para os romanos, gauleses, chineses e egípcios, além de outros tantos povos, o ovo representa a forma do universo. Por sua  vez, a Páscoa, uma das principais festas do calendário cristão, é comemorada pelo mundo todo. No contexto desta celebração, o ovo significa a ressurreição. 
No entanto, o hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. Isto porque a Páscoa tem origens bem antigas. Era uma festa comum aos povos da Europa, como os celtas, os gregos e os romanos que comemoravam, cada um de seu jeito, a chegada da primavera. A festividade se fazia em honra à deusa Eostre e, após a cristianização dos pagãos germânicos, foi assimilada às celebrações judaico-cristãs do Passach. Fazendo um paralelo entre as celebrações pagãs da chegada da primavera e a Páscoa cristã, percebe-se que as duas festas comemoram a chegada do retorno à Vida.
Os persas, romanos, judeus e armênios já tinham o hábito de oferecer e receber, nestas épocas, ovos coloridos. No equinócio da primavera havia um importante ritual, onde os participantes pintavam e decoravam ovos, que para eles era símbolo de fertilidade, e os escondiam, enterrando-os em tocas nos campos para serem achados pelas crianças e pelos adultos. 
Este ritual foi adaptado pela igreja católica no princípio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-o com a festa popular da Páscoa que acontecia na mesma época. Sabe-se também que o Ovo de Páscoa, no decorrer da história, ganhou outro tipo de comemoração. Teria surgido no jejum da Quaresma, quando era proibido comer ovos. 
Eles sumiam, eram juntados e apareciam somente no dia da Páscoa, quando eram levados à mesa pintados com cores vivas, representando a alegria dos cristãos pela Ressurreição de Cristo. No princípio, eram apenas ovos de galinha, com as cascas 
pintadas. Foi no século XVIII que surgiram os ovos de chocolate. Estes ovos, que começaram a ser feitos por confeiteiros franceses, apareceram dois séculos antes, na Europa, vinda da recém descoberta, América. Surgido na região do Golfo do México por volta de 1500, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. Chocolate, então, passou a ser a sagração da Páscoa. A origem dos ovos usados em comemorações, portanto, é antiga e cheia de lendas, todas ligadas a aspectos religiosos. Seja um costume pagão, cristão ou de que religião for, isto não importa. O que importa é a fé que cada um tem diante do evento. O chocolate, em forma de ovos, que traz dos antigos Astecas e Maias uma aura sagrada, apenas faz parte da alegria da festa, pois a Páscoa é um dia para se lembrar do exemplo Daquele que morreu e ressuscitou para nos dar a mais importante lição: o amor. 
Celebrar a Páscoa oferecendo Ovos que simbolizam a Transformação, a Renovação e a Ressurreição de Cristo é celebrar a Vida em comunhão com Deus. Feliz Páscoa!

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