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Tiro que matou a pequena Beatriz pode ter partido de três favelas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de maio de 2016 - 01:22
Tiro pode ter partido dos Morros do Zumbi, Castro ou Coréia
Tiro pode ter partido dos Morros do Zumbi, Castro ou Coréia -

Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) realizaram, na manhã de ontem, em Santa Catarina, São Gonçalo, a reprodução simulada da morte de Ana Beatriz Duarte e Sá, de apenas cinco anos, vítima de uma bala perdida, no último dia 6 de março.

Os policiais foram até o local onde Bia - como era carinhosamente chamada - foi atingida na nuca. E lá realizaram uma perícia técnica para tentar identificar de onde teria sido efetuado o disparo de um fuzil calibre 7.62, que acertou a menina.

“A perícia apontou que o tiro foi disparado de uma distância maior que de um quilômetro. E sabendo de onde atiraram, nós já podemos atuar na comunidade. A perícia concluiu que o tiro pode ter saído dos morros do Zumbi, Castro ou Coréia. E todo fuzil apreendido nessas localidades será periciado para fazer confronto balístico com o projétil que estava alojado na Bia”, explicou o delegado Fábio Barucke, responsável pelas investigações.

O pai de Ana Beatriz, o segurança Robson Barbosa e Sá, 32, lamentou a perda da filha, mas contou que a sensação de justiça ajuda amenizar a dor.

“A gente quer evitar que mais crianças sejam vítimas dessa violência. A polícia conseguindo dar o prejuízo para os criminosos, tirando armas das ruas, prendendo eles, já diminui essa chance. Isso nos conforta um pouco. Achar o atirador é uma resposta difícil de se ter, mas eu como pai, não vou desistir e vou tentar até o final”, disse Robson.

Recordando - Ana Beatriz Duarte e Sá foi vítima de uma bala perdida durante uma confraternização familiar, em Santa Catarina. Bia estava na casa do tio, Edson Barbosa de Souza, 46, na Travessa Manoel Luiz de Souza, brincando com mais quatro crianças na varanda. Por volta de 12h30, ela foi atingida por um tiro de fuzil calibre 7.62 na nuca. “Ela caiu e achei só que tinha batido com a cabeça. Quando a peguei no colo e ia fazer um cafuné, vi sangue na minha mão. Corremos para o hospital e só depois de três horas que descobrimos que ela havia levado um tiro. Foi desesperador”, contou Edson.

A mãe de Bia, a manicure Diana Duarte da Cruz, 26, disse que desde a perda da filha, os dias tem sido muito difíceis. “Além de ter que conviver com a ausência, preciso explicar para o meu filho de dois anos que ela não vai voltar”, declarou emocionada.

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