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Alunos ocupam colégios

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de abril de 2016 - 22:45
Os estudantes realizaram assembleia, na manhã de ontem, para definir rumos da ocupação
Os estudantes realizaram assembleia, na manhã de ontem, para definir rumos da ocupação -

Por Marcela Freitas

São Gonçalo teve sua primeira escola ocupada por estudantes. Na tarde da última segunda-feira, alunos da Escola Estadual Nilo Peçanha, no Zé Garoto, com apoio de estudantes de outras escolas da rede e professores do Movimento de Greve ocuparam as dependências da unidade. Com a ocupação, chega a 30 o número de escolas no Estado, sendo duas delas em Niterói: o Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (Iepic), ocupado na última quarta-feira, e o Colégio Estadual David Capistrano, tomado por estudantes na manhã de ontem. Também há escolas ocupadas em Maricá, Saquarema, Araruama e Iguaba.

Durante a manhã, líderes da ocupação no Nilo Peçanha realizaram uma assembleia onde foram discutidas as pautas e os rumos do protesto contra a precarização do ensino pela rede pública. Entre as reivindicações dos alunos está a construção de uma sala de informática, de laboratório de química, quadra de esportes, climatização das salas, reabertura do banheiro, sala para o Grêmio, reforma do auditório, eleição de diretores, entrega de uniformes, passe livre aos finais de semana e fim do Saerj e Saerjinho (programas de avaliação). Líder do movimento, o estudante Rony Ladeira, de 18 anos, explicou que a ocupação não pode ser tratada como vandalismo. “Estamos lutando pela educação. Uma vez ouvi que sou o futuro do Brasil. Esse futuro tem que começar a partir de agora, com a educação na escola”, disse. O estudante Jonas Santos, 18, disse que a ocupação continuará até que haja um diálogo com a Secretaria de Educação. “Apoiamos o movimento de greve dos professores e estamos aqui em busca de uma escola melhor. Queremos que nossos pedidos sejam atendidos. Mas é preciso deixar claro que este é um movimento pacífico e com responsabilidade. Ao contrário do que muita gente pensa, não estamos aqui para destruir a escola ou depredá-la. Estamos cuidando de um bem comum. Vamos usar as dependências da escola, mantendo o intuito de preservá-la”, contou Jonas que, com outros estudantes, se reveza para dormir no local.

Seeduc – A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que o secretário de Estado de Educação, Antonio Vieira Neto, já recebeu alunos representantes de colégios ocupados e do sindicato com o objetivo de ouvir as reivindicações. A secretaria, no entanto, não vê nos líderes do movimento intenção em desocupar as unidades, pois há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar. Diante da intransigência, a Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudantes sem aulas os mais prejudicados.

Na tarde de ontem, representantes da Seeduc fizeram reunião com o Sepe para propor os pontos que podem ser concedidos para o fim da greve. A assessoria informou, ainda, que trabalha com a Alerj em projeto para a comunidade escolar escolher o diretor das unidades. Outro ponto concedido pela secretaria refere-se à diminuição do número de Saerjinhos. As avaliações são ações importantes porque mostram o aprendizado do aluno no início do ano e sua evolução no final do ano letivo.

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