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Despedida marcada pela dor

Familiares e alunos dão último adeus a professor gonçalense morto em Cabo Frio

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de abril de 2016 - 22:39
Sepultado em cemitério de São Gonçalo, Nivaldo foi homenageado durante ato em Cabo Frio
Sepultado em cemitério de São Gonçalo, Nivaldo foi homenageado durante ato em Cabo Frio -

Por Renata Sena

“Se existe uma palavra que define o que ele era é ‘vida’! Ele gostava de viver. Era alegre, sorridente, íntegro, animado. Estava sempre feliz e fazia de tudo para ajudar os outros”. A definição emocionada foi feita pela dona de casa Maria José Marques da Silva, 46, durante o sepultamento do irmão, o professor Nivaldo Marques, de 42 anos, encontrado morto dentro de casa, em Cabo Frio, na última segunda-feira.

Cerca de 120 amigos e familiares se reuniram, na tarde de ontem, no Cemitério Municipal de São Miguel, em São Gonçalo, para dar o último adeus ao homem apaixonado por axé e amante do handebol.

A paixão pela música baiana foi lembrada pelos amigos do professor, que vestiam abadás e camisas da banda Olodum, a preferida de Nivaldo. “Ele tinha uma ‘baianice’ no jeito de ser. Estava sempre de bem com a vida”, contou um jovem, que junto com outros professores vieram da Região dos Lagos para o sepultamento do amigo. Pai de Nivaldo, o aposentado Jaime Antônio da Silva, 79, acompanhou a cerimônia, mas não teve condições emocionais de comentar o caso.

Homenagem - Com bolas brancas nas mãos, alunos e colegas de trabalho de Nivaldo se reuniram na porta do Colégio Municipal Rui Barbosa, em Cabo Frio, onde ele lecionou durante 10 anos, e seguiram em passeata até a Praça Porto Rocha. A homenagem reuniu cerca de 200 pessoas, que não puderam comparecer ao sepultamento em São Gonçalo.

Investigações - De acordo com o delegado Lauro Coelho, da 126ªDP (Cabo Frio), Nivaldo estava com pernas e braços amarrados, fios enrolados no pescoço, além de uma marca na cabeça. “A principal linha de investigação ainda é crime passional, mas não descartamos nenhuma outra hipótese. Estamos aguardando o taxista que conduziu a vítima para casa na noite de sábado para colhermos algumas informações. Precisamos saber se ele estava sozinho, por exemplo”, explicou o delegado, acrescentando que outras duas pessoas do convívio do professor também estão sendo aguardadas para prestar depoimento.

“Foram levados um celular e um notebook da vítima. No entanto, a residência não tinha quaisquer sinais de arrombamento”, finalizou o delegado.

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